Pedágio vai isolar o distrito industrial, afirma Agestab

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A Associação Gestora do Distrito do Taboão (Agestab) se manifestou contra a instalação de um pedágio no km 45 da ligação rodoviária Mogi-Dutra. O presidente da entidade, Osvaldo Baradel considera as pretensões da Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp) um retrocesso, porque vai isolar aquela região da cidade, encarecer a produção, desestimular novos empreendimentos e prejudicar o desenvolvimento daquela área.

Mais do que apenas solicitar, Baradel disse que a entidade “exige” que o projeto do governo do Estado seja extinto. Ele afirma que a Associação, que também esteve engajada em outros movimentos na cidade, a exemplo da luta contra a instalação de um aterro sanitário naquela área, volta a se unir novamente nesse movimento para impedir que a Artesp leve esse plano adiante.

Ele alega que essa medida poderá impactar o distrito de forma negativa. “As indústrias, os trabalhadores do Taboão e a população de maneira geral serão prejudicados. A matéria-prima passará a ficar mais cara. A contração da mão obra passará a ser ainda mais difícil. O custo com transporte dos funcionários será ampliado, o que poderia fazer com que trabalhadores de outras cidades sejam contratados. Não há nenhuma razão plausível para a conclusão deste projeto”, argumenta.

Na opinião dele, com a instalação de um posto de cobrança de taxas naquele trecho “a possibilidade de isolar um distrito industrial da importância do Taboão é real”. O presidente da Agestab diz que a entidade está se movimentando contra essa medida, conversando com as autoridades políticas para ampliar a mobilização. Ele disse que espera a união das lideranças políticas da cidade e da região para que todos juntos somem forças a ponto de exigir que o governador João Doria desista do projeto.

“O projeto pode prejudicar o desenvolvimento do Taboão e de todo o Alto Tietê. A prioridade não deve ser o pedágio na Mogi-Dutra, mas a construção do acesso da rodovia Ayrton Senna ao Taboão”, reforça. Baradel refere-se ao pedido dos empresários para a instalação de uma alça melhorar a logística e facilitar a entrada ao distrito, que vem sendo feito pelo município desde o governo passado, mas que até agora não foi aprovado pela Artesp.

A Agestab conta com cerca de 50 empresas associados, que representam aproximadamente 15 mil empregados, entre diretos e indiretos. Emprega trabalhadores de todas as cidades do Alto Tietê, mas a maioria é de Mogi das Cruzes.

O anúncio sobre a instalação de um pedágio na Mogi Dutra foi feito durante audiência pública realizada pela Artesp há cerca de 10 dias, em Mogi, para apresentação do projeto de concessão do Lote Rodovias do Litoral, que inclui a Mogi-Dutra e Mogi-Bertioga. Ainda em fase de formatação, a Artesp mantém uma consulta pública pela internet até o dia 25 de novembro. Nesse período, os interessados podem fazer questionamentos, encaminhar sugestões e discutir o projeto através de seu site (www.artesp.sp.gov.br). A Agência informa que todas as sugestões avaliadas e podem ser incorporadas ao projeto.

FONTE: O Diário

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